A arte de adesivar tem um compromisso bem maior do que apenas transportar o lúdico para a realidade; de trazer uma ocupação para a mente; de ser um exercício de paciência e criatividade. Tem o dever e a obrigação de educar.'Venho desde 2011 desenvolvendo a técnica com recortes de adesivos, criando a partir de pedaços retalhados de adesivos vinilicos' com estiletes grandes, médios e pequenos painéis artísticos. Eu nasci no Brasil, na cidade de' Caicó-RN, uma região seca, também conhecida como Seridó. E essa região do sertão me traz lembranças que me' levam a mundos diferentes' ̶' reais ou imaginários.' Desenvolvo minha arte, empunhando pincéis, recortes de adesivos, vassouras ou as próprias mãos, isso me faz' deleitar e lambuzar' com a minha essência de sertaneja. Deixo transparecer nos coloridos, nas influências musicais ouvidas, nos contos familiares e nas peregrinações por lugares e por pessoas conhecidas e desconhecidas. Surge pela espontaneidade e vai tomando formas e movimentos de desequilibrantes harmonias, ciclicidade, invenções e desconstruções. No final há sempre um começo, pois energia é o que me faz renascer a cada momento na minha arte de Ser do Sertão. Sou uma' cidadã do mundo. Morei no Rio de Janeiro/RJ por vários anos, ministrei' cursos em várias partes de nosso país, fiz exposição na Itália e na França e agora voltei a morar em Natal-RN em 2018, trazendo a “Arte de Adesivar” e o projeto “Fé na Paisagem” às terras brasileiras.' Mas o que realmente faço como' artista visual? A' minha arte está ligada àquilo que tanto faz bem ao planeta Terra: a reciclagem. Reaproveitar materiais descartáveis (através da técnica com adesivos), criar um novo modo de mostrar as paisagens e os fatos do cotidiano, da vivência intuitiva da minha experiência artística.
Adhesive Art has a much greater pledge than just to make play a reality; than to occupy the mind; than to be an exercise in patience and creativity. It has a duty and an obligation to educate. I have been developing this technique with leftover cuts of adhesive vinyl since 2011, shaping them into a patchwork to create large, medium and small artistic panels. I was born in Brazil, in Caicó, in the state of Rio Grande do Norte, an arid region, also known as Seridó. It is part of the sertão region and it brings me memories that take me to different real and imaginary worlds. I develop my art, using paint brushes, cuts of adhesive paper, brooms or my own hands, this delights me and smothers me with my essence as a native of the sertão. I let this transpire in the colors, in the musical influences, in the family tales and in the pilgrimages to places and to known and unknown people. It emerges spontaneously and takes on forms and movements of unbalanced harmonies, cycles, inventions and deconstructions. In the end there is always a beginning, because energy is what makes me become reborn in every moment in my art of Being from the Sertão. I am a citizen of the world. I lived in Rio de Janeiro for several years, have taught courses in various parts of our country, have held exhibitions in Italy and France and I returned to live in Natal in 2018, bringing “Adhesive Art” and the project “Fé na Paisagem” (Faith in the Landscape) to Brazilian lands. But what do I really do as a visual artist? My art is also linked to something which is so good for planet Earth: recycling. I reuse disposable materials (using the technique with adhesives), to create a new way of showing landscapes and everyday occurrences, of the intuitive experience of my artistic experience.
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